1.9.14

Ação do Ministério Público contra a improbidade

Do Valor Econômico

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Ministério Público de SP denuncia Aref e filha por lavagem de dinheiro

SÃO PAULO  -  O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou por lavagem de dinheiro o ex-responsável pelo setor de aprovações de imóveis na Prefeitura de São Paulo, Hussain Aref Saab, e a filha dele, Ana Paula Saab Zamudio. Para os promotores, Aref e a filha "dissimularam a propriedade de bens provenientes, indiretamente, de crimes cometidos contra a administração pública".
Aref foi denunciado 48 vezes por lavagem de dinheiro, 16 individualmente e 32 em conjunto com a filha. Em maio de 2012, o jornal Folha de S. Paulo revelou, que durante os sete anos em que foi diretor do Aprov (Departamento de Aprovação de Edificações) da Secretaria Municipal de Finanças, Aref acumulou pelo menos 106 imóveis.
Após as denúncias, Aref pediu para deixar o cargo. Acusado de cobrar propina para aprovação de grandes empreendimentos, como shopping centers, atualmente não ocupa nenhuma função pública.
Dois anos após a revelação do caso, o MPE chegou à conclusão de que, entre 2005 e 2012, ele adquiriu 113 imóveis no Estado - 65 em seu nome e 48 no nome da empresa SB4, da qual é sócio com a filha.
Os promotores também pedem que a Justiça decrete o sequestro de bens registrado no nome do réu e da SB4, assim como o dinheiro depositado na conta da empresa. O advogado de Aref, Augusto Arruda Botelho, afirmou que não se pronunciaria sobre a denúncia porque não havia tido acesso ao conteúdo das acusações.
Templo de Salomão
Aref era funcionário de carreira da prefeitura. Já aposentado, foi nomeado em janeiro de 2005 pelo então prefeito José Serra (PSDB). A indicação foi feita pelo então vice-prefeito Gilberto Kassab, na época no DEM.
Até assumir o Aprov, Aref tinha 12 imóveis registrados em seu nome. Entre os grandes empreendimentos que Aref liberou, está o Templo de Salomão, da Igreja Universal. Há a suspeita de irregularidades no processo. A igreja diz que seguiu todas as exigências legais para a construção do templo.
Em dezembro de 2012, ele foi acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e concussão (quando servidor público exige propina) pelo MPE. Ele responde ao processo e nega as acusações.
No ano passado, a prefeitura extinguiu o departamento que era comandado por Aref. Entre os motivos apontados para a reformulação, estava acabar com a imagem negativa deixada pela passagem do ex-diretor pelo departamento.
(FolhaPress )


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